PROPOSTA CURRICULAR PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
CURRÍCULO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
As instituições de educação infantil nasceram na
França, no século XVIIII, em resposta à situação de pobreza, abandono e maus
tratos de crianças pequenas, cujos pais trabalham em fábricas, fundição e minas
criadas pela Revolução Industrial. Todavia os objetivos e formas de tratar as
crianças dos extratos sociais mais pobres da sociedade não eram consensuais.
Setores da elite defendiam a idéia do que não seria bom para a sociedade como
um todo que se educassem as crianças pobres; era proposta a educação da ocupação
e da piedade (OLIVEIRA, 1995).
Durante muito tempo, as instituições infantis,
incluindo as brasileiras organizavam seu espaço e sua rotina diária em função
de ideias de assistência, de custódia e de higiene da criança. A década de 1980
passou por um momento de ampliação do debate a respeito das funções das
instituições infantis para a sociedade moderna, que teve início com os
movimentos populares dos anos de 1970 (WAJSKOP, 1995).
A partir desse período, as instituições passaram a
ser passadas e reivindicadas como lugar de educação e cuidados coletivos das
crianças de zero a seis anos de idade.
A abertura política permitia o reconhecimento
social desses direitos manifestados pelos movimentos populares e por grupos
organizados da sociedade civil. A Constituição de 1988 (art.208, e inciso IV),
pela primeira vez na história do Brasil, definiu como direito das crianças de
zero a seis anos de idade é dever do Estado o atendimento à infância.
Muitos fatos ocorreram de forma a influenciar estas
mudanças: o desenvolvimento urbano, as reivindicações populares, o trabalho da
mulher, a transformação das funções familiares, as idéias de infância e as
condições socioculturais para o desenvolvimento das crianças.
Ao constituir-se em um equipamento só para pobres,
principalmente no caso das instituições de educação infantil, financiadas ou
mantidas pelo poder público, significou, em muitas situações, atuar de forma
compensatória para sanar as supostas faltas e carências das crianças e de seus
familiares. A tônica do trabalho institucional foi pautada por uma visão que
estigmatizava a população de baixa renda. A concepção educacional era marcada
por características assistencialista, sem considerar as questões de cidadania
ligadas aos ideais de liberdade e igualdade.
Modificar essa concepção de educação
assistencialista significa atentar para várias questões que vão além dos
aspectos legais. Envolve principalmente, assumir as especificidades da educação
infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes
sociais, à responsabilidade da sociedade e o papel do Estado em relação às
crianças pequenas.
Embora haja um consenso sobre a necessidade de que
a educação, para as crianças pequenas deva promover a integração entre os
aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança,
considerando que esta é um ser completo e indivisível, as divergências e estão
exatamente no que se entende sobre o que seja trabalhar com cada um desses
aspectos.
Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do
afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento ou para o
conhecimento tem-se constituído no pano de fundo sobre o qual se constroem as
propostas em educação infantil.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Considerações.
Na Constituição do Brasil Seção I – da Educação em
seu artigo (205) destaca que: A educação direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Já na LDB – Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– lei 9394/96 em seu art. 29 regulamenta a Educação Infantil, definindo-a como
a primeira etapa da educação básica. Tendo por finalidade o desenvolvimento
integral da criança até os 6 anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.
A lei também estabelece que a Educação Infantil
será oferecida em creches, para crianças de até 3 anos, e em pré-escolas, para
crianças de 4 a 6 anos.
Segundo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica – FUNDEB ( hoje FUNDEF) em seu Art. 60 determina que: agora é
definitivo, todas as crianças a partir dos seis anos de idade devem estar
matriculadas no ensino fundamental. Portanto a Educação Infantil atenderá
crianças de 0 a 5 anos e 9 meses.
A implantação de uma verdadeira Educação Infantil
precisará contar com a colaboração do sistema de saúde e dos órgãos de
assistência social.
A responsabilidade deste nível inicial de educação
pertence aos municípios, mas as empresas são chamadas a dividir este encargo,
pela obrigação de garantir assistência gratuita para os filhos e dependentes de
seus empregados em creches e pré-escolas, além da prevista com o recolhimento do
salário educação.
Diretrizes
Educar e cuidar de crianças de 0 a 5 anos supões
definir previamente para que isto será feito e como se desenvolverão as
práticas pedagógicas, visando a inclusão das crianças e de suas famílias em uma
vida de cidadania plena.
As instituições de Educação Infantil são
equipamentos educacionais e não apenas de assistência, nesse sentido, uma das
características da nova concepção de Educação Infantil, reside na integração
das funções de cuidar e educar.
As instituições infantis além de prestar cuidados
físicos, criam condições para o seu desenvolvimento cognitivo, simbólico,
social e emocional. Nela se dão o cuidado e a educação de crianças que aí
vivem, convivem, exploram, conhecem, construindo uma visão de mundo e de si
mesmas, constituindo-se como sujeitos. Para as crianças pequenas tudo é novo,
devendo ser trabalhado e aprendido. Não são independentes e autônomas para os
próprios cuidados pessoais, precisando ser ajudadas e orientadas a construir
hábitos e atitudes corretas, bem como estimuladas na fala e no aprimoramento de
seu vocabulário.
O bom relacionamento entre pais, educadores e
crianças, é fundamental durante o processo de inserção da criança na vida
escolar, além de representar a ação conjunta rumo à consolidação de uma
pedagogia voltada pra a infância.
A instituição de Educação Infantil deverá
proporcionar às crianças momentos que a façam crescer, refletir e tomar
decisões direcionadas ao aprendizado com coerência e justiça.
A Estrutura Curricular e Seus Eixos Norteadores
A criança desde que nasce é um ser ativo. Possui um
repertório de condutas ou reflexos inatos que lhe permite interagir com seu
meio e experimentar as primeiras aprendizagens, consistindo nas adaptações que
faz às novas condições de vida. O contato do bebê com o meio humano, transforma
essas condutas inatas em respostas complexas. Aos poucos assimila novas
experiências, integrando-as aos que já possui, gerando novas respostas. Este
processo de adaptação às condições novas que surgem se dá ao longo de toda a
infância.
Durante o primeiro ano de vida, a criança constrói
um pensamento essencialmente prático, ligado à ação, a percepção e ao
desenvolvimento motor. É através dessas ações que a criança processa
informações, constrói conhecimentos e se expressa desenvolvendo seu pensamento.
Ao final do primeiro ano de vida, as ações das
crianças passam a ser cada vez mais coordenadas e intencionais.
O desenvolvimento da função simbólica tem
importância ao desenvolvimento psicológico e social da criança; internalizam
funções e capacidade ao longo do seu processo de desenvolvimento e vai situando
e ampliando sua participação no universo social.
O aperfeiçoamento da linguagem, o aumento do
vocabulário deverá ser permeado pela diversidade de experiências e oportunidades
sem contextos significativos para a criança.
No que se refere ao desenvolvimento físico motor,
os três primeiros anos de vida, representam a fase em que o crescimento ocorre
de maneira mais acelerada. Elas quadruplicam de peso e dobram a altura em relação
ao nascimento, adquirindo movimentos voluntários e coordenados. Controlam a
posição de seu corpo e o movimento das pernas, braços e tronco, significa que
correm, rolam, deitam e tantas outras coisa.
O desenvolvimento motor se dá quando a criança
adquire padrões de movimentos musculares, controle do próprio corpo e
habilidades motoras, onde alcança possibilidades de ação e expressão. Está
relacionado com o desenvolvimento psíquico, principalmente no primeiro ano de
vida. Ao desenvolver a ação motora a criança está construindo conhecimento de
si próprio sobre o mundo que a cerca. Esta relação construtiva que a criança
estabelece com objetos, acontecimentos e pessoas constituirão uma base
fundamental para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.
Aos três anos, a criança já possui um repertório de
conhecimentos construídos, a partir de suas experiências. Há um desenvolvimento
claro das habilidades sociais ampliando os vínculos afetivos e sua capacidade
de participação social.
A criança dos três aos cinco anos de idade,
apresenta seu desenvolvimento de forma menos acelerada, caracterizado pelo
progresso advindo das fases anteriores.
O desenvolvimento da capacidade de simbolização
progride através da linguagem, da imaginação, da imitação e da linguagem. Ela
faz uso do repertório cada vez mais rico de símbolos, signos, imagens e
conceitos para mediar à relação com a realidade e o mundo social.
A linguagem é bem desenvolvida, devido a
diversificações de situações, pois amplia a expressão verbal, tendo quase que
um domínio completo de todos os sons da língua por volta dos cinco anos de
idade.
Centrado nos eixos Formação Pessoal e Social e
Conhecimento do Mundo, o ensino e a aprendizagem são atividades conjuntas,
compartilhadas, que asseguram à criança ir conhecendo e contribuindo,
progressivamente, o mundo que a envolve com os objetos, pessoas, os seus
sistemas de comunicação, valores, além de ir conhecendo a si mesma.
Com o fazer lúdico, pensa reflete e organiza-se
para aprender em dado momento. Estas vivências são fundamentais para o processo
de alfabetização e letramento.
Devem-se considerar os conhecimentos que a criança
já possui e suas várias experiências culturais para efetuar a ação pedagógica
compartilhando, auxiliando a enfrentar novas perspectivas, mas do modo como à
criança vê, apenas orientando e praticando até encontrar o fortalecimento nas
relações pessoais, sociais e de conhecimento geral.
Propor para as crianças um mundo de interação
contribuirá para um desenvolvimento emocional, social, fundamentando-as nas
suas formações, e na realidade de cada um.
Dentro desta perspectiva de educação para todos
constitui um grande desafio: A Educação Inclusiva que é garantida pela
Constituição Federal Brasileira, art. 208, III. A declaração da Salamanca em l994
reafirmou o direito de todos à educação, independente de suas diferenças,
enfatizando que a educação para pessoas deficientes também é parte integrante
do sistema educativo, contemplando uma pedagogia voltada as necessidades
específicas e adoção de estratégias que se fizerem necessárias em benefício
comum. A LDB 9.394/96, artigos 58 e 59 têm também como finalidade de
concretizar preceito constitucional e responder ao compromisso com a “Educação
para Todos”. Assume-se assim, o compromisso de uma educação comprometida para a
cidadania, considerando sua diversidade. A educação inclusiva baseia-se na
educação condizente com igualdade de direitos e oportunidades em ambiente
favorável. A participação na Instituição da família, criança, num esforço
conjunto de aprendizagem compartilhada é de suma importância.
Aprender a conviver e relacionar-se com pessoas que
possuem habilidades e competências diferentes, expressões culturais e sociais
são condições necessárias para o desenvolvimento de valores éticos, dentro dos
preceitos básicos pedagógicos a estrutura curricular se apóia nos Eixos
Norteadores, que orientam a base educacional que são:
Identidade e
Autonomia
Busca possibilitar a formação da criança a partir
das relações sócio-histórico-cultural, de forma consciente e contextualizada,
oferecendo condições para que elas aprendam a conviver com os outros, em uma
atitude básica de respeito e confiança. O trabalho educativo pode, assim criar
condições para as crianças conhecerem, descobrirem e resignificarem novos sentimentos,
valores, idéias, costumes e papéis sociais. A identidade é um conceito de
distinção, a começar pelo nome. A autonomia é a capacidade de se conduzir e
tomar decisões por si próprias, levando em conta regras, valores. Identidade e
autonomia é resultado da construção do próprio cotidiano em sala de educação
infantil, onde a criança necessita estar conhecendo, desenvolvendo e utilizando
seus recursos pessoais e naturais, para fazer frente às diferentes situações
que surgirão.
Conhecimento
de Mundo
Refere-se à construção das diferentes linguagens
pelas crianças e as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento. È
importante que tenham contato com diferentes áreas e sejam instigadas por
questões significativas, para observá-los, explica-los se tenham várias
maneiras de compreendê-los e representá-los. As diferentes linguagens propiciam
a interação com o outro, emoções e a mediação com a cultura.
Movimento
As crianças se movimentam desde que nascem,
adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo. Ao movimentar-se,
expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do
uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto,
é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço.
As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar
resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são
movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes
necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas
diferentes culturas. Diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo,
como a dança, o jogo, as brincadeiras, mas práticas esportivas etc., nas quais
se faz uso de diferentes gestos, postura e expressões corporais com
intencionalidade. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as
crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão
inseridas.
O trabalho com movimento contempla a multiplicidade
de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento
de aspectos específicos da motricidade das crianças; refletir sobre as
atividades no cotidiano acerca das posturas corporais.
As atividades deverão priorizar o desenvolvimento
das capacidades expressivas e instrumentais do movimento, possibilitando a
apropriação corporal pelas crianças, de forma que possam agir com mais
intencionalidade. Devem ser organizadas num processo contínuo e integradas, que
envolvam múltiplas experiências corporais.
Os conteúdos podem ser organizados em:
Expressividade
Expressão Corporal;
Percepções.
Coordenação
e Equilíbrio
Coordenação Ampla;
Coordenação Fina e Coordenação Viso-Motor.
Artes Visuais
A arte visual; expressa, comunica e atribui sentido
as sensações sentimentos pensamentos. Esta linguagem se faz presente no
cotidiano da educação infantil como importante forma de expressão e comunicação
humana, sofrendo influência da cultura onde está inserida. A criança, ao
ingressar na instituição de ensino, traz consigo suas leituras de mundo pelas
imagens. Dessa maneira, trabalhar a arte como geradora de conhecimentos dentro
do contexto infantil e, portanto, portadora de um caráter lúdico, torna-se
importante instrumento para o desenvolvimento perceptivo e cognitivo.
Neste sentido, a arte visual deve se estruturada
como uma linguagem de códigos próprios e seu ensino devem articular os
seguintes aspectos.
Produção:
exploração e expressão, por meio da prática artística, desenvolvendo um
percurso poético pessoal.
Apreciação:
reconhecimento, análise e identificação de obras artísticas e de seus autores.
Reflexão: compreende
a obra artística como produto cultural, possibilitando diversas interpretações.
Seus conteúdos:
Fazer Artístico
Elementos da linguagem visual
Leitura de Imagens
Trajetória Artística
Poética (estilos)
Música
A música é uma organização de sons presentes em
diversas culturas, compreendidas como linguagem que traduz formas sonoras
expressivas de sentimentos, pensamentos e sensações. Favorece nas crianças a
aquisição de conhecimentos gerais e científicos, desenvolvendo potencialidades,
como: observação, percepção, imaginação e sensibilidades, contribuindo para a
sustentação de valores normas sociais. È imprescindível que a música faça parte
do currículo, no processo ensino aprendizagem. Escutando, cantando, tocando
instrumentos e articulando movimentos. Para a aquisição da linguagem musical se
concretizar, são necessárias ações que envolvam o fazer, o perceber o
contextualiza. Esta linguagem contempla:
Apreciação
Musical
Propriedades e qualidades do som.
Gêneros musicais, estilos musicais e elementos
musicais.
Fazer
Musical
Linguagem
Oral e Escrita
É de grande importância na formação da criança e
nas diversas práticas sociais. É importante considerar a linguagem como um meio
de comunicação, expressão, representação, interpretação e modificação da
realidade. Promover experiências significativas de aprendizagem. O convívio com
a linguagem oral e escrita deve ser compreendido como uma atividade da
realidade, considerando que as crianças são ativas na construção de seu
conhecimento. Para que ocorra um desenvolvimento gradativo é preciso que
as capacidades associadas estejam ligadas as competências lingüísticas básicas
(falar, escutar, praticar leituras e escritas), que serão trabalhadas de forma
integrada, diversificada abrangendo vários conteúdos :
§ Textos de diversos gêneros ( narrativos,
informativos e poéticos );
§ Compreensão e interpretação de textos;
§ Ampliação do vocabulário;
§ Produção de texto oral e escrito;
§ Função social da escrita;
§ Evolução da escrita na humanidade;
§ Representação gráfica com diferentes tipos de
letras e alfabetos;
§ Diferentes funções da escrita; lazer,
identificação, registro, comunicação, informação e organização do pensamento.
Nesta perspectiva, a linguagem oral e escrita deve
estar presente no cotidiano e na prática das instituições de educação infantil.
Assim, a linguagem não é um elemento “estático” nem
“objetivo”, mas uma construção dinâmica, onde as pessoas se comunicam para
informar, expressar seus sentimentos e idéias e compartilhar uma visão de
mundo.
Natureza e
Sociedade
A percepção do mundo físico é direta: elas testam o
que sabem, tocando, ouvindo, observando, elaborando hipóteses e procurando
respostas às suas indagações. A atitude científica merece ser estimuladas por
intermédio da observação, experimentação, manipulação e enriquecidos com
conversas e ilustrações. As crianças adquirem consciência do contexto em que
vivem e se esforçam para entendê-lo, por meio da interação com o meio natural e
social.
Conhecer o mundo implica conhecer as relações entre
os seres humanos e a natureza, as formas de transformações e utilizações dos
recursos naturais, a diversidade cultural. Desta forma, as crianças adquirem
condições de desenvolver formas de convivências, atitudes de polidez, respeito,
cultivando valores sociais, intelectuais, morais, artísticos e cívicos, O
professor precisa se interar destes domínios e conhecimentos. O importante será
a descoberta.
Natureza e Sociedade reúnem aspectos pertinentes ao
mundo natural e social abordando:
Grupos Sociais
A criança e a Família
A criança e a Escola
A criança e o Contexto Social
Seres Vivos
Seres Humanos, animais e vegetais.
Recursos Naturais
Água, solo, ar, luz, astros e estrelas.
Fenômenos da Natureza
Marés, trovão, relâmpagos, enchentes, estações do
ano e outros.
Pensamento
Lógico-Matemático
A matemática é uma forma de pensar e organizar
experiências ela busca a ordem e o estabelecimento de padrões, que requer
raciocínio e resolução de problemas. As crianças estão imersas em um universo
no quais os conhecimentos matemáticos fazem parte elas vivem em um mundo que
experimentam o muito o grande o pequeno e o acabou. Trazem consigo um
entendimento intuitivo dos processos matemáticos e de resolver problemas. O
professor deve encorajar a exploração das idéias matemáticas relativas a
números, estatística, geometria e medidas, fazendo com que as crianças
desenvolvam o prazer e a curiosidade pela matemática no seu processo de
desenvolvimento a criança vai criando várias relações entre objetos e situações
por ela vivenciadas. Estabelecem relações cada vez mais complexas que lhe
permitirão desenvolver noções mais elaboradas.
A matemática abrange os seguintes conteúdos:
Número
§ Função social do número;
§ Noções de quantidade;
§ Sistema numérico;
§ Inteiros;
§ Noção de números fracionários.
Geometria
§ Plana
§ Bidimensional
§ Espacial
§ Tridimensional
§ Medidas de grandeza (padronizadas e não
padronizadas)
§ Medidas de tempo
§ Medidas de massa
§ Medidas de comprimento
§ Medidas de velocidade
§ Medidas de capacidade
Sistema monetário
Estatística
Tabelas e gráficos.
Maternal (2 a 3 anos)
EIXO DE TRABALHO: LINGUAGEM
ORAL E ESCRITA
OBJETIVOS
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BLOCO DE CONTEÚDOS
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Participar de variadas situações de comunicação
oral e escrita para interagir e expressar desejos, necessidades e
sentimentos, relatando suas vivências;Interessar-se e criar leitura de
histórias;Familiarizar-se aos poucos, com a escrita por meio da participação
em situações nas quais se faz necessária e do contato cotidiano como: livros,
revistas, histórias em quadrinhos e etc.
Proporcionar
a sala um ambiente alfabetizador, levando a criança a perceber que tudo que
falamos e pensamos podem ser registradas.
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Uso da linguagem oral para conversar,
comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades,
necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interações presentes no
cotidiano;Participação em situações de leituras e escrita de diferentes gêneros
feitas pela educadora e também pelas próprias crianças, como contos, poemas,
parlendas, trava-línguas, etc.;Participação em situações cotidianas nas quais
se faz necessário o uso da leitura e escrita;
Observação
e manuseio de materiais impressos como: livros, revistas, histórias em
quadrinhos etc.;
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EIXO DE TRABALHO: PENSAMENTO LÓGICO MATEMÁTICO.
OBJETIVOS
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BLOCO DE CONTEÚDOS
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Estabelecer aproximações a algumas noções
matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais
etc.Manipular e explorar objetos e brinquedos em situações organizadas de
forma a existirem quantidades individuais.Classificar e seriar objetos a
partir das cores, formas e tamanhos.
Realizar
encaixes construindo novas formas.
Reconhecer
e valorizar os números.
Ampliar as
noções que envolvem as relações de comparação, classificação, seriação,
ordenação.
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Utilização da contagem oral, de noções de
quantidade, de tempo e de espaço em jogos, brincadeiras e músicas junto com o
professor e nos diversos contextos nos quais as crianças reconheçam essa
utilização como necessária.Manipulação e exploração de objetos e brinquedos,
em situações organizadas de forma a existirem quantidades individuais
suficientes para que cada criança possa descobrir as características e propriedades
principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar,
encaixar, etc.Noções de grandeza, de posição, de direção e sentido e noções
de tempo através jogos, brincadeiras e situações nos quais as crianças
reconheçam essa utilização como necessária.
Exploração
e conhecimento do esquema corporal, da lateralidade e localização no espaço
em relação a outros objetos.
Semelhança
e diferença entre as formas geométricas encontradas na natureza e dos
objetos.
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EIXO DE TRABALHO: NATUREZA E SOCIEADE
OBJETIVOS
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BLOCO DE CONTEÚDOS
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Explorar o ambiente para que possa se relacionar
com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com
objetivos diversos, manifestando curiosidade e interesse.
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Participação em atividades que envolvam
histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições
culturais de sua comunidade e de outros grupos;Exploração de diferentes
objetos, de suas propriedades e processos de transformação.Contato com pequenos
animais e plantas.
Conhecimento
do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas,
motoras e perceptivas.
Conhecimento
de fatos e acontecimentos sociais do presente e do passado, bem como a
valorização destes.
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EIXO DE TRABALHO: MÚSICA
OBJETIVOS
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BLOCO DE CONTEÚDOS
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Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros
diversos, fontes sonoras e produções musicais.Brincar com a música, imitar,
inventar e reproduzir criações musicais.
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O fazer musicalExploração,
expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, como corpo e com
materiais sonoros diversos.Interpretação de músicas e canções diversas.
Participação
em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
Apreciação
Musical
Escuta de
obras musicais variadas.
Participação
em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
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EIXO DE TRABALHO: ARTES VISUAIS
OBJETIVOS
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BLOCO DE CONTEÚDOS
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Ampliar o conhecimento de mundo que possuem,
manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características,
propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas
diversas de expressão artística.Utilizar diversos materiais gráficos e
plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de
expressão e comunicação.
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O Fazer Artístico Exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de
diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo, lixas, etc.; de
meios como tintas, água, areia, terra, argila, massinha etc.; e de variados
suportes gráficos como jornal, papel, papelão, parede, chão, caixas, madeiras
etc.Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando a
produção de marcas gráficas.
Cuidado
com o próprio corpo e dos colegas no contato com os suportes e materiais de
artes.
Respeito e
cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos
individualmente ou em grupo.
Apreciação
em Artes Visuais
Observação
e identificação de imagens diversas.
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EIXO DE TRABALHO: MOVIMENTO
OBJETIVOS :BLOCO
DE CONTEÚDOS
Familiarizar com a imagem do próprio corpo;
Explorar as possibilidades de gestos e ritmos
corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de
interação;
Deslocar o próprio corpo com destreza progressiva
no espaço, ao andar, correr, pular… desenvolvendo atitude de confiança nas
próprias capacidades motoras;
Explorar e utilizar os movimentos de preensão,
encaixe, lançamentos para o uso de objetos diversos.
Expressividade
Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos
do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e
da interação com os outros.
Expressão de sensações e ritmos corporais por meio
de gestos, posturas e da linguagem oral.
Equilíbrio e Coordenação
Exploração de diferentes posturas corporais, como
sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar
ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc.
Ampliação progressiva da destreza para deslocar-se
no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar,
rolar, andar, correr, saltar etc.
Aperfeiçoamento dos gestos relacionados com a
preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc., por meio da
experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações
cotidiana.
As atividades desenvolvidas no Maternal priorizam
as aprendizagens que propiciam o desenvolvimento progressivo da autonomia, considerando
a especificidade da faixa etária, bem como a metodologia de projetos. Por
exemplo, o grupo passará a prever regras que viabilizem a organização do
ambiente de aprendizado, de trocas entre seus pares, tais como: o falar e o
ouvir de forma sistematizada; a construção e aceitação das normas de
convivência; a realização do uso de talheres, do banheiro, de materiais de
sala, entre outros, com a interferência do educador somente nos casos em que as
crianças apresentam reais dificuldades em realizar tais tarefas.
As propostas de trabalho para o maternal prevêem
contato mais direto com os diversos materiais. As atividades realizam-se a
partir de recursos, como: vídeo, materiais impressos (livros, jornais,
revistas, encartes…), música, lápis, canetinha, giz de cera, massinha,
diferentes tipos de papéis, cartazes, quadro negro, mural, brinquedos e jogos,
etc.
BRINCADEIRA É COISA SÉRIA
A função do brincar na infância é tão importante e
indispensável quanto comer, dormir, falar etc. É por meio dessa atividade que a
criança alimenta seu sistema emocional, psíquico e cognitivo.
Ela elabora e reelabora toda sua existência por
meio da linguagem do brincar, do lúdico e das interações com seus pares.
A brincadeira permeia a própria existência humana,
porém, durante os seis primeiros anos, a criança utiliza-se dessa linguagem
para se expressar e para compreender o mundo e as pessoas. Ela desenvolve,
gradativamente, competências para compreender e/ou atuar sobre o mundo.
O brincar é para a criança uma possibilidade de se
ter um espaço onde a ação ali praticada é de seu domínio, isto é, ela é seu
próprio guia, ela age em função de sua própria iniciativa.
Esse é sem dúvida um elemento importante: a criança
toma a decisão para si – vai ou não brincar; isto lhe dá a chance de
experimentar sua autonomia perante o mundo.
Forma de comunicação integrada, a brincadeira
marcada pelo faz-de-conta e pela magia é uma atividade que contribui para uma
passagem harmoniosa da criança pelo mundo das atividades reais da vida
cotidiana, com outros significados.
Ao brincar a criança entra definitivamente no mundo
das aprendizagens concretas. Ela elabora hipóteses e as coloca em prática,
constrói objetos, monta e desmonta “geringonças”, enfim, ela manipula todas as
possibilidades dos objetos de seu universo de acesso.
No faz-de-conta ela realmente tem a chance de
construir sua própria realidade, ela utiliza-se de elementos concretos, da sua
realidade cotidiana e lhes atribui outro sentido. Na esfera do faz de conta,
uma pedra vira um chocolate, a boneca vira um nenê de verdade, com o qual se
conversa. A criança sabe que não é um nenê de verdade, mas faz-de-conta.
Segundo Gardner (1993) tratar um objeto como se
fosse um outro (jogo simbólico) é uma forma de “metarrepresentação”, já que a
criança conhece o objeto mas atribui-lhe outras propriedades para obter os
efeitos desejados; pode pensar mais além do mundo da experiência direta, sendo
capaz de imaginar, ao mesmo tempo que põe em prova seus conhecimentos.
Ao mesmo tempo em que o brincar permite que a
criança construa e domine cada vez melhor sua comunicação, faz com que ela
entre em um mundo de comunicações complexas, que mais tarde serão utilizadas na
educação formal.
Brincando a criança toma decisões, desenvolve sua
capacidade de liderança e trabalha de forma lúdica seus conflitos. Ela decide
se está na hora do nenê/boneca dormir, acordar, comer etc. No jogo da
brincadeira a criança toma suas próprias decisões,
Na Educação Infantil a criança se percebe como
sujeito de direitos e de deveres; ele está num grupo, tem que conviver e
negociar com ele o tempo todo e as brincadeiras e as interações, dirigidas ou
não, se misturam num eterno novo fazer todos os dias.
É importante que o adulto saiba e compreenda que a
criança tem necessidade de brincar, de jogar por jogar, pelo simples prazer,
não por obrigação, com hora marcada ou para conseguir objetivos alheios.
É essa liberdade, essa ausência de exigências
externas que faz com que se aflore e estimule a iniciativa, a criatividade e a
invenção.
A brincadeira e/ou o jogo proporciona benefícios
indiscutíveis no desenvolvimento e no crescimento da criança. Por seu
intermédio, ela explora o meio, as pessoas e os objetos que a rodeiam, aprende
a coordenar variáveis para conseguir um objetivo, aprende e aproxima os
objetivos com intenções diversas e com fantasia.
Segundo Vygotsky, o jogo cria uma zona de
desenvolvimento própria na criança, de maneira que, durante o período em que
joga ela está sempre além da sua idade real. O jogo constitui-se, assim, uma
fonte muito importante de desenvolvimento.
O brincar proporciona esse desenvolvimento, por se
tratar de uma atividade que possibilita espaço para ensaiar, provar, explorar,
experimentar e, ao final, interagir com as pessoas e com os objetos que estão
ao seu redor.
Os jogos vão se estruturando conforme o estágio
evolutivo da criança. No começo, predominam os jogos sensório-motores, de
caráter manipulativo e exploratório; com o passar do tempo, mudam-se os jogos,
seus objetivos e seus fins (jogo de construção, de simulação e de ficção). Mais
adiante ainda, a criança será capaz de participar de jogos que envolvem regras,
onde poderão coordenar suas próprias ações com a dos companheiros de jogo
(jogos esportivos, de cooperação, de competição etc.).
Os jogos sociais favorecem e incrementam novos
repertórios, novas aprendizagens. Assim a criança passa pela infância, chega na
vida adulta, dando e imprimindo sua própria marca e significado à vida.
AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada
em dezembro de 1996, estabelece, na Seção II, referente à Educação Infantil,
artigo 31, que: “… a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do
seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental”.
A prática de avaliação na Educação Infantil é de
natureza diversa da avaliação no ensino fundamental. Pode-se utilizar métodos
diferentes, pelos quais se registram observações feitas. Porém, a escrita é,
certamente, o mais comum e o mais acessível. O registro, as observações e as
impressões diárias em muito contribuirão para o planejamento educativo.
Avaliar a criança pequena requer, do educador que a
conduzirá pela vida escolar, conhecimento prévio sobre seu desenvolvimento e
características singulares .
É preciso saber como ela assimila os novos
conhecimentos, como responde aos estímulos e como acontece o processo
maturacional e social dessa criança.
Ao observar a aquisição e a construção do
conhecimento nas diversas áreas, analisando a dinâmica biopsicossocial da
infância, percebe-se que a criança possui uma articulação mental, cognitiva e
afetiva única. É essa articulação, juntamente com as interações sociais –
realizadas principalmente na instituição – transformadas em conhecimentos, que
serão alvo de observação e análise.
Por meio de observações e registros diários é que o
educador elaborará avaliações significativas e contextualizadas, que poderão
contribuir qualitativamente para o processo de aprendizagem de alunos e
professores.
Nesse contexto de avaliação formativa deve-se
atentar para o fato de que essa criança está em processo de intenso aprender e
interagir. Portanto, não se deve fazer registros que venham denegrir ou rotular
essa criança, sob pena de prejudicar sua vida escolar futura. “Quando o
educador relata por escrito, tem a oportunidade de distanciar-se de si mesmo
para fazer uma análise mais profunda de todas as variáveis que permeiam uma
situação” (J.Hoffman). Assim, esse educador pode fazer uma análise crítica do
seu trabalho didático-pedagógico e, consequentemente, uma auto-avaliação
coletiva No centro de educação infantil, a fim de redimensionar e redirecionar
práticas pedagógicas.
Na construção de conhecimentos significativos, cada
criança tem seu tempo e faz sua própria leitura dos objetos. Portanto, há que
se atentar para o fato de que objetivos e avanços no processo de aprendizagem
acontecem e se manifestam em diferentes tempos e formas distintas para cada
criança. Aquisição de conhecimentos não acontece de forma linear; a análise
deve ser individual e gradativa.Os pais, como partícipes desse processo, têm o
direito e o dever de acompanhar todo o desenvolvimento da aprendizagem de seus
filhos, como os avanços, as conquistas ou eventuais dificuldades, a fim de
compreender todo o processo educativo, seus objetivos e as ações desenvolvidas
pela instituição.
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